Vendo hoje a noticia da morte de Zé Wilker, fiquei imaginando o susto da namorada e a gozação que ele deve ta fazendo ...
Ele era bem humorado, gozador e mesmo tomando um susto de acordar do lado de lá não deve estar perdendo a piada .
Ao longo da vida já vi vários tipos de morrer e alguns como a minha sobrinha que foi assassinada é um pesar muito grande, pois dá a impressão que se não fosse a maldade do assassino ela ainda estaria aqui, com sua juventude e alegria, já com filhos correndo pelo quintal .
Já vi amigos, que tiveram mortes acidentais com carros, motos, atropelamentos, quedas em casa, coisa ate simples que os fizeram subir mais rápido.
Conheço amigos que perderam entes queridos por suicídios e isso, acredito é o maior pesar, você ser próximo, amar a pessoa e não conseguir tirar a tristeza que lhe acaba o viver, ter que se conformar com a dor da impossibilidade de evitar e nada ter podido fazer
Tenho perdido pessoas queridas de uma forma pesada, dolorida, sofrida e extenuante, com doenças que dilaceram o corpo e a alma delas e de quem esta em volta e nada pode fazer...
Há pouco me despedi de uma pessoa querida e o que vi era tão devastador que em nenhum momento dava pra imaginar uma dependência e uma fragilidade tão grande, que transformou sua beleza e vigor em uma situação de tanta fragilidade, que era como se devagarzinho ela se estivesse diminuindo para se tornar invisível, talvez nessa pequenez a dor doesse menos e a morte não a alcançasse....
Hoje com essa morte que falei acima me lembrei de varias outras assim, me lembro de um dia quando tive um choque anafilático, que quando ouvi a gravidade do meu momento e me segurei na fé, me desprendi de mim, me colocando nas mãos de Deus, depois quando acordei, tive certeza, que morrer era como fechar os olhos e dormir, só que quando você acorda e eu acredito nisso, você não esta mais aqui.
Assim contei pra minha mãe e assim um dia ela me falou, morrer é um piscar de olhos e a qualquer minuto, o seu sonho aqui, já não será contado e sim compartilhado com os outros de lá .
As mortes súbitas, inesperadas não nos exige preparo, não nos força a por a responsabilidade em Deus e nos santos para eles resolverem o que é melhor, já que quando nos deparamos com um final triste e sofrido é o que fazemos.
As mortes não anunciadas alem do torpor do susto nos faz sempre questionar qual foi o ultimo gesto em que pensou o que podia ser dito ou feito, se surpreende, mas nada a de se fazer , nada se faz ...
E os amigos, os entes queridos que agora estão num processo de doença e dor, em que finda a esperança de um longo viver, ainda nos resta um tempo, pra carinho, atenção e gratidão numa visita, num telefonema, numa prece .
Bom seria, se todos, ao invés de dores e sofrimentos saísse de cena dormindo em paz, profundamente e um anjo num farfalhar de asas nos conduzisse para o amor e a luz de Deus