sexta-feira, 8 de maio de 2015

Quando eu falo que quem tem Deus tem amigos ...

                       Quando eu falo que quem tem Deus tem amigos ...

Tem uma família que traz verduras lá de Moeda e vende aqui na esquina de casa, por saberem que eu gosto, trouxeram cana pra mim, está bem docinha, isso me faz lembrar minha adolescência, indo buscar cana e garapa lá em Seu Guiomar Ferraz. Tinha dia que era buscar garapa, no outro comprar cachaça, ai eu aproveitava para experimentar, pois perto do alambique ficava uma cuia e quem quisesse bebia, e não tinha esse negocio de idade não, seu Guiomar ou os ajudantes virava as costas e rapidamente se virava a cuia numa rapidez só, a cachaça descia queimando e mais ainda porque era quente, só de ver o rosto vermelho, os olhos brilhado e rindo a toa já dava pra imaginar ...
Depois, descer aquela ladeira de bicicleta, na banguela, de mãos solta, sentindo o vento no rosto, era liberdade total !
Liberdade também era descer abraçada nos pés de bananeira de Seu Mariano, pelo córrego São João, fumando um cigarro Continental sem filtro, surrupiado de minha Mãe e sem saber nadar ...
Vida de interior não é brinquedo não, aprendi a beber, a fumar e a ter coragem ! Engolindo lambaris vivos, redados na beira do córrego não aprendi a nadar por mais que insistisse,mas cozinhando os cascudos, bagres e as piabas que consegui, aprendi fazer uma boa moqueca.
Já fiquei com os dentes blocos de tanto chupar cana, manga verde com sal e tamarindo caído do pé.
Mas voltando aos dias de hoje,depois da cana lembrando de casa, me empolguei!
Por não ter saquinho pra chup-chup( minha Mãe fazia e mais dava pros meninos do que vendia) fiz uns copinhos de picolé de abacate e de manga e nesse final de semana quando os netos chegarem, tudo aqui vai ficar grudento, pois meninos não gostam de lavar as mãos e pega o copinho, mela a Mao, pega na mesa, pula na cama, vem pro computador e minha casa vai ficar assim, cheia de doce como são meus netos...
Hoje peço a Deus que os proteja , minha Mãe naquela época se soubesse o que eu aprontava ia pedir proteção pra natureza, comer peixe minúsculo e vivo, pescar peixe pequenos, cortar pés de bananas pra boiar no córrego e ainda caçar passarinhos pra fazer cozinhado ....
Ah! mais essa é outra estória , depois eu conto!


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